quarta-feira, 10 de outubro de 2012


Os "ingênuos" juízes condenam os heróis da Pátria em nome de uma rigorosidade jurídica que jamais praticaram (a não ser quando o STF capitulou às ditaduras sem maiores resistências e passou a praticar o rigor do verdugo). E ainda temos que ouvir hipócritas lamentações de alguns daqueles togados, dizendo que é com o coração partido que condenam José Dirceu e José Genoino, dizendo que a estrada é longa e que mesmo que você tenha lutado toda sua vida pelas liberdades democráticas, mas que em determinado momento cometa algum deslize, tem que ser punido. Quanta podridão! Que deslize?, que erro? Onde estão as provas? Collor foi absolvido pelo supremo por falta de provas, inclusive com o voto do Ministro Celso de Mello que agora, solenemente, condena Genoino, José Dirceu e Delúbio sem provas, apenas por deduções, abusando do tal "domínio dos fatos" e desconsiderando, sem maiores pudores, a ausência de provas cabais, de atos de ofício, nada! Um dia ainda iremos saber quais os motivos que os levaram a condenar sem provas, apenas sustentados pela delação de um réu, cuja maior notoriedade sustenta-se no fato de ter sido o comandante da tropa de  choque de Collor no Congresso Nacional durante o processo do impeachment; por tênues indícios (lembrem-se que o Prevaricador Geral da República disse em sua apresentação, que era muito difícil ter provas contra o chefe, no caso, segundo ele, José Dirceu, como se estivessem sendo julgados verdadeiros mafiosos); por ilações e suposições. A história saberá coloca-los no lugar que merecem. Enquanto isso, as fortunas construídas nas barbas do STF e do MPF com dinheiro público ao longo de décadas e mais recentemente com volúpia jamais vista, durante as privatizações federais ocorridas na última década do século passado e início do atual; com o esquema dos sangue suga; do mensalão mineiro; com as fraudes investigadas pela operação Santiagraha, Castelo de Areia  e outras investigações conduzidas pela Polícia Federal e abortadas por forças ocultas ou não tão ocultas assim; com o dinheiro de Furnas, conforme lista divulgada e abafada; e tantos outros notórios episódios de malversação do erário, que continuam a dar a seus beneficiários os mais destacados privilégios sem que tenham qualquer preocupação com os rigores da lei, inimputáveis que são, que até agora foram, se depender do STF e do MPF. Estes senhores circulam alegremente pelos salões da república,  dos convescotes patrocinados pela elite conservadora, festejados e venerados. Tristes trópicos. Um Supremo Tribunal Federal, guardião jurídico da Constituição, que se apequena a ponto de se permitir juiz de uma Ação Penal. Lamentável. Mais do que isso: O Paraguai é aqui!

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Onde estavam?

Vi essa semana na telinha, que bastou uma reportagem divulgar que um certo candidato a vereador no Rio de Janeiro distribuía cestas básicas na favela para potenciais eleitores e é ligação a traficantes, para que um zeloso Promotor daquele estado pedisse a impugnação da  candidatura do suspeito. De pronto me veio a pergunta: onde estava o zeloso Ministro relator, então Procurador, na ocasião em que fartas denúncias circularam pelo País, dando conta de que a reeleição de FHC havia sido aprovada com a compra de votos?  Aliás, houve mais do que fortes indícios, houve deputado que reconheceu ter recebido a bagatela de duzentos mil reais para votar a favor da reeleição. Onde estava o ínclito Procurador, hoje Ministro do STF? Porque tamanho empenho em condenar Genoino, Zé Dirceu, Delúbio sem provas, indícios questionáveis, sem atos de ofício, abusando e banalizando do chamado "domínio dos fatos" - muito prazer? 
Onde estava este senhor, os demais Ministros do Supremo e o Procurador Geral da República quando veio à luz do dia o escândalo da privatização das teles, das demais privatizações vende pátria? Onde estavam, o que disseram, o que fizeram contra essa rapinagem, que recentemente foi exposta em praça pública pelo best seller  "A Privataria Tucana"? Aliás, será que leram o livro? Em lendo o livro, o que fizeram? Ali tem provas documentais da circulação de rios de dinheiro gerados pelas privatizações fraudulentas e que foram agigantar fortunas de afortunados e criar novas fortunas. 
Onde estavam estes senhores e o que fizeram - e o que farão - em relação ao chamado "Mensalão Mineiro", anterior ao também chamado "Mensalão do PT? Fiquem de olho!
E o que fez, ou vai fazer o STF e o MPF em relação ao banqueiro do Oportunity, que segundo consta é a verdadeira chave do cofre por trás de tudo? Ah! mas o STF não se omitiu em relação à operação Chacal, que levou o banqueiro para a prisão. Ai o STF não foi omisso, não senhor! Agiu rápida e eficientemente, ao conceder dois habeas corpus seguidos para a libertação do banqueiro, não é mesmo Ministro "Dantas"?
Onde estavam o Ministros do STF e o Procurador Geral da República quando chegou ao Supremo o disco rígido do Oportunity, que lá descansa em berço esplêndido? Porque não o abriram? O que farão quanto a isso os rigorosos Ministros e Ministras que condenam sem provas? Ministros, Procurador Geral, segundo divulgado na imprensa, o ex Diretor Geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, teria dito que se o disco for aberto a república acaba. Vamos abrir o disco Ministros? Ou será que após condenarem José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares a missão estará cumprida excepcionalmente e tudo voltará a ser com antes?
Finalizo parabenizando o STF pelo esmerado cronograma implantado e executado para o julgamento da Ação Penal 470. É de uma eficiência irretocável de acordo com os interesses dos herdeiros da Casagrande.
O chamado Núcleo Político tem sua condenação praticamente definida na semana que antecede o primeiro turno das eleições. Mas a fatura ainda não foi liquidada. Ficou o desfecho para o segundo turno. Dito isto, não preciso mais perguntar onde estavam e estão os Ministros e Procurador Geral, não é mesmo?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O STF e a Mídia Golpista

Vejam como o cronograma imposto pela mídia golpista ao STF foi preciso como um relógio atômico. Na semana que precede as eleições, o relator começa a expor seu voto sobre o envolvimento de Delúbio, José Genoino e José Dirceu. Não, caros amigos e amigas, não é mera coincidência! Ou será que estou mais para "Ubaldo, o paranoico", personagem do saudoso Henfil, que via conspiração nas coisas mais simples do cotidiano?